quarta-feira, 31 de outubro de 2012

LEI apoia as ações da Olimpíadas de Língua Portuguesa

Além das pesquisas desenvolvidas pelos alunos que participaram da Olímpiadas de Língua Portuguesa, para o aprimoramento do conhecimento no gênero textual, o LEI promove a divulgação das produções textuais vencedoras a nível da Escola e do Município.

As redações vencedoras da Olimpíada de Língua Portuguesa são:


GÊNERO: CRÔNICA

Título: Nunca é tarde para aprender

Aluno: Anderson Wesley Silva Carvalho - 1º ano "B"
Aqui onde eu vivo, vivem poucas pessoas, pessoas que, assim como eu gostam da natureza, por isso não se importam se não tem tecnologias, para elas a natureza é mais importante. Aqui, lugar de paz e harmonia, pois além de ter gente do bem, existem muitos animais, árvores e jardim.

Em minha comunidade existem vários tipos de animais. Tem pássaros de todas as cores que embelezam a paisagem e que juntando e que juntando as cores de cada pássaro pode-se até formar um arco-íris. Tem pássaros azuis que se confundem com a cor do céu; pássaros verdes a copa das árvores, pássaros amarelos como o sol e pássaros que são a junção de duas cores: o preto e o branco, o escuro e o claro.
Existem também vários tipos de flores, de todas as cores e aspectos. Flores amarelas, rosas, brancas, vermelhas, uma variedade imensa de cores e formas que encantam quem fica a contemplar tanta beleza. Há Também muitas árvores, pequenas, grandes, que sempre produzem seus frutos e sombras para pessoas e animais.

Foi lá, na sombra de uma delas, ao meio dia, que eu presenciei uma linda cena, cena esta que me emocionou e emocionaria qualquer ser humano, que assim como eu pode ser um observador. Lá, naquele ambiente natural, pássaros repousavam com seus filhotes nos ramos daquele cajueiro que se tornou o palco, naquele dia de sol brilhante, dos artistas, personagens verdes, uma família de periquitos que me deram uma lição de vida que jamais esquecerei.
Cheguei, cheguei de mansinho com minha baladeira ou estilingue nas mãos, pronto para atirar, queria mesmo atirar pedras em algum passarinho, porém, quando vi aqueles pássaros juntinhos, a mãe carinhosamente tocando os filhotes com o bico como se estivesse dizendo assim: fiquem juntinhos de mim, é hora de repousar. E eles entenderem a mensagem e logo se juntarem aos pais e unidos repousarem, minhas mãos paralisaram, fiquei sem ação e como se ouvisse a voz de meu avô que sempre me dizia que não é certo tirar a liberdade dos passarinhos e que meio dia é horário de repouso e me perguntava: “por que você não vai repousar”?

Aquilo mexeu comigo. Fiquei sentado sob o cajueiro, analisando aquela cena e viajando nas recordações do meu inesquecível avô. Daí, passei a refletir sobre a maldade que eu ia cometer. Não, não podia realizar uma ação tão má. Voltei para casa e, na mesa para o almoço, fiquei parado, pensando. Minha mãe indagou sobre meu comportamento e eu falei assim:
- Mãe, estou feliz porque aprendi que este é o horário para repousar em família, aprendi com os passarinhos, mãe, eles estavam repousando no cajueiro e me deram uma lição de vida. Por isso agora, mãe, eu digo: Perdoa-me, Senhor! Como fui mau, pensar em tirar a liberdade deles, matando-os. Perdoa-me, Senhor! E fui repousar. Mas não consegui, pois senti que tinha algo a fazer. Passei a tarde ansioso para que chagasse o horário de me encontrar com minha turminha do esporte, no campinho perto de casa. Graça a Deus chegou o momento e eu não hesitei. Pedi que me ouvissem, pois tinha algo a contar. Foi então que narrei tudo que aconteceu e pedi que daquele dia em diante não atirassem nos passarinhos. O melhor foi ouvir em coro: “jamais faremos isto”. Dali em diante o acordo foi firmado e cumprido. Para todos da comunidade o lema é: Liberdade! Liberdade! Liberdade para voar e repousar é um direito é um dos passarinhos!

 

GÊNERO: ARTIGO DE OPINIÃO

Título: A associação faz a diferença

Aluno: Mateus Barbosa do Nascimento - 2º ano "A"
Jaguaruana – Ceará, TERRA DA REDE, REDE DE DORMIR, de gente ordeira de descente que soube construir sua vida e história na margem esquerda do Rio Jaguaribe, sob a poderosa proteção de Nossa Senhora Sant’Ana, padroeira do município. Lugar de pessoas acolhedoras e hospitaleiras, aliás, este costume surgiu desde meados do séc. XVIII, época de sua colonização, na qual o Sr. Simão de Góis e sua esposa Dona Feliciana Soares da Costa costumavam acolher as pessoas que passavam por suas terras. Até hoje o costume é mantido e vem sendo repassado de geração a geração.

Aqui os atributos físicos e culturais são diversificados e de beleza estonteante. Nossa cidade possui as mais diversas manifestações culturais do Ceará como, por exemplo, a festa de nossa padroeira, os encontros de bandas de musicas, as tradicionais festas dançantes, o carnaval e outras mais. No quesito beleza natural ganhamos de diversas cidades, o magnífico Rio Jaguaribe que aqui atravessa, atraindo banhistas aos domingos e a nossa gente, pessoas de simpatia e humildade que são de causar inveja.
A economia local é bem diversificada, com lojas, fábricas, produção agropecuária e recursos minerais, que geram renda para muitos e riqueza para alguns. Existem também as olarias que são características da comunidade dos Cardeais, onde donas de casa tiram o seu sustento basicamente da fabricação de jarros de barro para a venda no comércio local e para exportação. Temos a “Árvore da vida” a carnaúba da qual pode-se aproveitar de tudo. Seu tronco pode ser usado como fonte de madeira para a confecção de móveis e de telhados de casas; as suas palhas são bastante aproveitadas tanto pelo artesanato para a confecção de bolsas, chapéus, pra a adubação como pelas fábricas da região com a produção de cera usada na indústria de cosméticos, de automóveis, de plásticos e indústria eletroeletrônica.

Mas a principal fonte de renda é a fabricação de redes de dormir que hoje enfrenta dificuldade no setor, pois as vendas diminuíram, por isso a mão de obra tem que ser barata, gerando cada vez mais desigualdade social. Os micros produtores estão desistindo da fabricação de redes, devido não ter como competir com fabricantes de outras regiões como, por exemplo, o Estado da Paraíba, onde o trabalho é desenvolvido com o apoio de associações e cooperativas.
A industrialização mecânica é outro fator de peso, que contribui ainda mais para o enfraquecimento da indústria de redes na cidade, visto que as máquinas produzem mais peças em menos tempo e com menor participação humana, ao contrário da produção manual forma característica de nosso município.

Diversos cidadãos deslocam-se de sua cidade ou até mesmo de outros estados de origem e vem para o nosso município à procura de emprego e de melhorias na qualidade de vida, pois possuímos um polo industrial com a presença de indústria têxteis, cerâmicas, de rede que engrandecem nossa economia. Porém os mesmo ao chegarem e se depararem com a realidade, percebem que tudo aquilo que imaginavam era na verdade um sonho, veem uma situação muito diferente daquela que sonhavam encontrar, por isso perdem a esperança das novas oportunidades que os movimentam na migração à nossa cidade.
Nossos produtos necessitam de apoio das autoridades governamentais que ainda não despertaram para o problema, com projetos de associação, que possa orientar os produtores de redes, tanto em relação à produção, quanto a vendas na busca de mercado e preços.

Dessa forma vejo que com a criação da associação diversos problemas podem ser solucionados, como a competição desleal com o grande produtor e outras regiões, a falta de pessoas para trabalharem, a ausência de lucros satisfatórios e assim ocorra uma maior geração de emprego e renda para a população jaguaruanense.
Enfim, percebo que uma cidade com tantos atributos e de uma beleza excepcional como Jaguaruana fortalecimento dessa indústria que pode gerar empregos, tirando jovens da ociosidade e do mundo das drogas. Mas apesar de todos os problemas, posso erguer a cabeça e gritar: SOU JAGUARUANENSE, aqui sou feliz.